[Artigo] Gerenciamento de riscos organizacionais: monitorando o desempenho organizacional
- Albano Falcão Moura
- 29 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de abr.
A necessidade da adoção de uma mentalidade de risco foi uma abordagem inserida nos requisitos das Normas ISO a partir de 2015 e tornou-se um aspecto fundamental para o monitoramento dos resultados do negócio a partir da implantação de um sistema de gerenciamento, seja da qualidade, da segurança e de outros escopos previstos nas certificações.

Um aspecto muito controverso no gerenciamento de risco é que a percepção do risco parece estar muito fortemente ligada a situações negativas, como perigo, ameaça, dano etc. No entanto, o risco é um elemento aleatório de uma atividade que tem a capacidade de alterar o resultado, positiva ou negativamente. Sendo assim, é necessário dissociar o risco da visão apenas negativa, abrindo a possibilidade de o risco apontar para uma oportunidade de melhoria do resultado do processo.
A principal questão é como tornar o gerenciamento de risco um processo operacional que indique o que fazer em cada uma das atividades que envolvem: Identificação, Qualificação, Quantificação e Tratamento dos riscos, conforme indicado pela ISO 31000:2017, norma que aborda o assunto. Os riscos podem ser classificados em dois tipos: Estratégicos e Processuais.
A identificação dos riscos estratégicos será realizada a partir do planejamento estratégico. Cada fator apontado como força, fraqueza, oportunidade e ameaça são riscos/oportunidades que influenciam diretamente no resultado organizacional. Logo, precisam ser ponderados e será estabelecido um score de risco que possibilita a definição da criticidade a ser considerada na definição dos objetivos estratégicos. Esses riscos serão acompanhados para obter o resultado organizacional.
Os riscos processuais devem ser identificados a partir da percepção do ciclo de atividades dos processos, momento em que o gestor percebe quais aspectos podem ser significativos para a alteração do resultado do processo.
Uma vez identificado e qualificado o fator de risco, ele deve ser ponderado e devem ser estabelecidas formas de tratamento que visem controlar os fatores que previnem a ocorrência de aspectos desfavoráveis ou impulsionam os aspectos favoráveis a partir da incidência desses fatores.
Deve existir um acompanhamento para verificar se os fatores de risco incidiram para que a situação de risco ocorresse. Neste caso, ações devem ser apontadas para o tratamento dos fatos que estão ocorrendo para que eles não venham a impedir o alcance dos resultados.
No ambiente do sistema de gestão em sistemas desenvolvidos à luz das normas ISO, onde os desvios apresentados são tratados como situações de não conformidade, essa ocorrência deve ser vista como incidência de risco/oportunidade. Com a conclusão de que as ações tomadas não foram suficientes ou até mesmo não foram identificadas dentro do enfoque preventivo apresentado no gerenciamento de risco/oportunidade.
A adoção de ações corretivas deve levar em consideração a adoção de mudanças nos processos para incluir os tratamentos indicados para que aquela situação não continue com a capacidade de afetar positiva ou negativamente o resultado almejado.
A Plataforma Qockpit fornece uma sólida metodologia para tratar os riscos/oportunidades em todas as suas instâncias e permite o acompanhamento da ocorrência, bem como das ações a serem tomadas em reação aos riscos/oportunidades indicados.
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Albano Falcão Moura é administrador de empresas. Atua em projetos de consultoria de gestão da qualidade, meio ambiente e saúde e segurança, tendo participado de mais de 500 certificações ISO 9001. É diretor da QOCKPIT Software.
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